segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Políticos são previsíveis... A Natureza NÃO!!!

Cenário 1 - Promessa e Profecia: Em 2016 o governador garante: “Essa questão (da falta d’água) não tem mais risco, mesmo que haja seca. E teremos a partir do ano que vem (2017) uma superestrutura em São Paulo. O estado e a região metropolitana estarão bem preparados para as mudanças climáticas”.

Veja a matéria aqui: 


Cenário 2 - Promessa descumprida: Em março/2017 o governador convoca a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e a Secretaria da Fazenda para realizarem estudo técnico com base no Plano Estadual de Desestatização para prospecção e possível capitalização da SABESP. Com o resultado do estudo cria o Projeto de Lei 659/17 e consegue aprová-lo em menos de 45 dias, criando uma Lei que visa reduzir as cotas de participação do estado na SABESP, vendendo tais cotas ao setor público para poder fazer dinheiro. Alckmin alega que reverterá isto em investimentos de infraestrutura do setor. Portanto, um ano antes, quando prometeu "um estado mais bem preparado para as mudanças climáticas", na verdade foi demagogia pois AINDA NÃO HAVIA PROJETO ALGUM.

Estudo - 12/05/2017

Projeto de Lei nº 659/2017

Lei Estadual nº 16525/2017


Cenário 3 - Profecia não cumprida: O nível do volume do Sistema Cantareira vem caindo diariamente 0,28%, ou seja, em média 2,8 milhões de m³ por dia. A vazão média diária distribuída à população é de 27 m³/s, aproximando-se cada vez mais de sua capacidade de 33 m³/s. O índice de chuvas é o pior registrado para o período desde o fim da estiagem histórica. Seria o indício de nova crise hídrica?




Moral da história: Políticos são previsíveis... A Natureza NÃO!!!

terça-feira, 12 de setembro de 2017

SISTEMA CANTAREIRA: MAIOR QUEDA DE NÍVEL DESDE A CRISE HÍDRICA



Estamos no 3º inverno pós crise de 2014, sabidamente período de estiagens, e o nível reservado no Sistema Cantareira obteve a maior queda desde aquele ano. Eu e meus colegas fatecanos de Hidro & SanAmb sabemos que para se projetar quaisquer obras hidráulicas deve-se, acima de tudo, prever O PIOR CASO. Por exemplo, se 2013/2014 foi o período de maior estiagem REGISTRADA da História, isto significa que antes disso houve um período considerado pior até aquele momento, mas que foi superado, bem como outra estiagem ainda pior pode vir a ocorrer. Nunca nenhum evento da natureza será isolado, bem como sempre haverá a probabilidade de ser superado, isto é, ser ainda pior. Se aquela estiagem foi grave, então o Sistema todo precisaria ser ampliado para que, caso ocorra outra ainda pior, não corramos outro risco de desabastecimento e colapso.

Em 2013/2014 atingimos uma situação grave que durou quase um ano e beirou o estresse total de água, que só foi contornada NÃO por ações do poder público, mas SIM pela própria natureza do final daquele ano, porém NADA DE RELEVANTE AINDA FOI FEITO pelo poder público de forma a enfrentarmos COM SEGURANÇA uma nova situação igual ou até PIOR do que aquela.

O momento político brasileiro é uma vergonha, mas não nos esqueçamos do básico... do Saneamento Básico... da água e da VIDA!!!


Um abraço a todos e desculpem pela demora de uma nova postagem.