quarta-feira, 29 de maio de 2013

Drenagem Urbana: Evitando o Caos I

Com certeza todos já ouviram falar do sistema de drenagem de um campo de futebol, pois o futebol é o assunto mais popular do país. É possível que toda a população saiba que, quando ocorre uma chuva torrencial durante uma partida, a expectativa é de "que a drenagem do gramado funcione" e o excesso de água não paralise o jogo ou, em casos extremos já ocorridos, seja suspenso e/ou transferido para outro dia.
Mas o que seria exatamente "que a drenagem do gramado funcione"?

De acordo com a revista Infraestrutura Urbana (Ed.Pini/2013):

"Os campos profissionais de futebol são munidos de sistemas de drenagem para evitar que fiquem encharcados, favorecendo as condições de jogo e prolongando a conservação do gramado."

Outra explanação, agora do sítio Fórum da Construção:

"O grande problema que ocasiona a diminuição da jogabilidade são as poças d’água, ou seja o encharcamento dos gramados ocasionados pelas águas das chuvas, como se observa nas figuras 1, 2 e 3. Esse problema é muito comum no Brasil, devido ao clima equatorial tropica,l que é caracterizado por temperaturas elevadas e grande intensidade de chuvas, sendo esta última, muitas das vezes responsáveis por cancelamentos de jogos, causando transtornos a torcida e expectadores e até mesmo atraso nos campeonatos disputados."

Exemplo da extratificação do solo e infraestrutura de drenagem.
Pode-se notar que o princípio de funcionamento é simples, formado por tubulações
perfuradas que direcionam as águas das chuvas.

Mas a Drenagem Urbana é um ainda desconhecida entre a população em geral, apesar de ser um assunto corriqueiro e que frequentemente aparece estampado em jornais e telejornais.
Nesta publicação abordarei um problema muito conhecido que é derivado de uma drenagem precária: As Enchentes Urbanas.

As enchentes em áreas urbanas nada mais são do que o resultado, em parte, da falta de educação da população e, em grande parte, da falta de planejamento daqueles governantes que um dia "passaram" pelas cidades e escolheram apenas urbanizá-las, desenvolvê-las, tomando-as por prédios, shoppings, ruas e avenidas, licenciando construções em qualquer lugar sem um plano. O resultado disto é a IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO.
A impermeabilização do solo impede que toda a água precipitada em forma de chuva se infiltre na terra, acabando por escoar superficialmente, isto é, pelas ruas e avenidas. Então, para direcionar toda essa água rapidamente para longe das vias públicas, criou-se o sistema de drenagem urbana, composto em resumo por sarjetas, bocas de lobo e galerias. Com isso, a velocidade desse escoamento tornou-se muito maior do que a velocidade dos rios, que recebem todo esse volume drenado. Resultado: o rio transborda.
Isso é um processo natural e todo rio necessita de uma área chamada de “área de inundação” para onde a água escoará. Aqui que se encontra um dos grandes problemas das enchentes e alagamentos nas cidades: essa área de inundação, em muitas cidades, não foi respeitada e muitas pessoas ergueram suas moradias onde o rio naturalmente irá transbordar e alagar as casas.

A tubulação de chegada das águas drenadas das chuvas fica em um nível muito abaixo da superfície do rio. Com o transbordamento, a água voltará pelas tubulações de drenagem até determinado ponto (cota); se a água não escoar com a mesma rapidez que a chuva precipita do céu, a tubulação encherá até o momento em que a água sairá pelas bocas de lobo, represando-a nas ruas.

Não confundir boca de lobo com bueiro; a própria mídia divulga o nome incorreto do componente. Veja as diferenças:

Bocas de lobo são as entradas das galerias de águas pluviais (águas de chuva).

Bueiros são tubulações que escoam as águas pluviais ao ponto de desaguamento.

Some-se à impermeabilização que a maioria da população das grandes cidades ainda joga lixo nas ruas entupindo os sistemas de escoamento projetados pelas prefeituras, e temos um quadro típico do período de chuvas no Brasil: dezenas de cidades alagadas, prejuízos econômicos, pessoas desabrigadas e aumento de casos de leptospirose, entre outros.


Como diz o artigo do sítio InfoEscola, escrito por Caroline Faria, "(...) a questão das enchentes no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo onde haja falta de planejamento, deixa de ser uma questão puramente ambiental (de condições de precipitação, ou vazão de corpos d’água) e passa a ser também, social, econômica, estrutural e até mesmo política".

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Empresa desenvolve camisa que dura 100 dias sem lavar, para poupar água e dinheiro


A camisa é um dos itens do vestuário masculino que mais costumam bater ponto na máquina de lavar. Ao contrário de outras peças, como calças e blazers, um único dia de uso pode ser suficiente para deixá-la em mau estado, sem possibilidade de ser usada novamente. Já calculou quanta água, energia, sabão e dinheiro são gastos nesse processo?
Pensando em resolver esses problemas, e otimizar a durabilidade da roupa, a startup americana Wool&Prince afirma ter desenvolvido uma camisa que pode ser usada por até 100 dias sem precisar lavar. Na prática, três lavagens por ano seriam mais do que suficientes.
Para provar que isso é possível, a empresa convidou 15 pessoas de várias partes do mundo para fazer a prova dos “100 dias”. Cada uma deveria usar a mesma camisa todos os dias e sem mudar a rotina. E o próprio criador da roupa resolveu fazer o teste.
Além das atividades comuns do dia-a-dia, como ir ao trabalho, ao supermercado ou sair para beber com os amigos, ele usou a camisa em situações que estimulam a produção de suor. Participava de maratonas, brincava de forma eufórica com animais de estimação em casa, chegando a rolar no chão, e ainda se acabava de dançar em baladas à noite – sempre com a mesma camisa.
O resultado? Segundo a empresa, nada de cheiro ruim, nada de amassados, nenhum sinal de que a camisa fora usada tantas vezes. A tecnologia por trás dessa proeza não é conhecida em detalhes. A empresa revela apenas que a camisa é feita de material mais resistente que algodão e que é composto por fios de lã superfinos, usados pela indústria da moda de luxo.
De acordo com a W&P, o tecido de fios de lã teria a capacidade de absorver o suor ( que depois evapora no ar) mais rápido que o algodão. Outra vantagem, segundo a empresa, é que a camisa feita com o material especial também se recuperaria mais rápido de amassados.
Viabilidade comercial
A supercamisa, que demorou seis meses para ser criada, ainda não está disponível no mercado. Para conseguir isso, a Wool&Prince busca fundos no Kickstarter, um site de financiamento coletivo que busca apoiar projetos inovadores. Em apenas oito dias, o projeto arrecadou 167 mil dólares de mais de 1000 pessoas, sendo que o objetivo era apenas de 30 mil dólares. A arrecadação vai atá dia 22 maio.
Fonte: Exame Abril