segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Onda de calor: O Meio Ambiente Novamente Protagonista

Sempre desconfiei dos dados veiculados pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), e ainda desconfio. A maioria dos cientistas deste instituto são oriundos de países desenvolvidos, os quais já não produzem tanto quanto há 20 ou 30 anos atrás, pois quem produz seus bens de consumo são os países pobres ou em desenvolvimento. O G-8 (grupo dos oito países mais ricos e influentes do mundo) vive atualmente de especulação financeira. As questões ambientais estão na crista da onda; existem rumores de que a maioria esmagadora dos cientistas que dependem de verbas públicas tornam-se adeptos à doutrina do aquecimento global para justamente angariar recursos sob esta linha e, veladamente, "tocam" suas verdadeiras pesquisas as quais, por não ter tanto impacto comercial, não seriam subvencionadas.

LINK: Para o IPCC, é necessário agir antes de 2030 para limitar o aquecimento global a 2ºC

Muitas pessoas podem dizer: "Quanta arrogância! Um zé-ninguém colocar em dúvida a pesquisa científica de cientistas renomados...".

São Paulo vive, neste começo de 2014, uma onda histórica de calor em uma sequência poucas vezes ocorridas desde o início das medições oficiais no Brasil. A última onda destas proporções ocorreu em janeiro de 1999 mas ainda foi um pouco inferior a esta, portanto houve um precedente inferior ao atual.

Diante de eventos como este da onda de calor, a atitude mais sábia é estar aberto a outras opiniões, afinal nunca haverá verdades absolutas, principalmente quando o tema é a Natureza, onde a previsibilidade existe mas com margens de erro seculares. Mas do alto de toda essa minha ignorância, algumas constatações podem tentar explicar este fenômeno.

AQUECIMENTO LOCAL E ILHAS DE CALOR


Por exemplo, a região da Grande São Paulo, incluindo a Capital, é uma área absolutamente impermeabilizada onde a recarga de seus lençóis freáticos não são mais feitas como há 60 ou 70 anos atrás. Assim, toda a água das chuvas que cai escoa superficialmente TOTALMENTE POLUÍDA por graxas, óleos, resíduos diversos que as pessoas descartam nas ruas, etc., desaguando nos rios mais próximos e afastando a recarga natural para outras regiões.

Outro fato: São raras as árvores, gramados ou até mesmo sem o solo natural que possam reter ou conter alguma umidade e liberar, por evapotranspiração, umidade para nossa atmosfera. Em contrapartida, o asfalto e o concreto acumulam todo o calor diário e o devolve à atmosfera. Para ficar ainda pior o quadro, esta mesma atmosfera transformou-se em um grande escudo constituído de gases acumulados originados de escapamentos dos veículos e da chaminé de algumas fábricas, devolvendo o calor às cidades ao invés de permitir a sua diluição pela estratosfera, criando então o chamado "efeito estufa" e as chamadas "ilhas de calor".
A teoria do aquecimento global manifestada pelo IPCC e por seus cientistas adeptos teria este mesmo princípio, porém em escala planetária. Este fenômeno chamado de "Aquecimento Local" pode ser o grande responsável por estas temperaturas acima da média histórica.

Toda esta alteração dos ciclos naturais, principalmente do Ciclo Hidrológico, fazem com que as características desta região também se modifiquem e tornem-se ainda mais imprevisíveis.

Mas, o que está voltando à cena?


A falta de áreas verdes, a poluição de TODOS os rios urbanos das grandes capitais brasileiras, o excesso de lixo aliado à falta de locais adequados para seu acondicionamento e tratamento, o uso desenfreado de recursos naturais sendo guiado pela ganância e pelo consumismo exacerbado e desnecessário e a impermeabilização das cidades são algumas das atividades cuja população deve ter consciência antes que ela própria tenha que adaptar-se quase que instantaneamente às adequações da própria natureza ao mundo à toda esta degradação que vem sofrendo. Isto pode significar a morte para os menos privilegiados.

DESEQUILÍBRIO DO ECOSSISTEMA


Muito se fala sobre a caça ou a pesca inescrupulosa de animais e sobre extinção de uma espécie, mas pouco se explica qual o verdadeiro risco de toda essa predação.

Todas as espécies de um determinado ecossistema participam de uma determinada cadeia alimentar. Vejam este exemplo em matéria da revista Superinteressante (abril/1998):


  • O plâncton animal se alimenta do plâncton vegetal, a fonte primária de energia no oceano.
  • Um camarão come diariamente milhares de diatomáceas, as espécies mais comuns de fitoplâncton;
  • O cardápio diário de um arenque se compõe de meio quilo de camarões e outros bichos pequenos que formam o plâncton animal;
  • O bacalhau, para não terminar o dia com fome, precisa engolir três ou quatro arenques ou o equivalente em outros peixes;
  • O tubarão branco, a fera mais temida dos oceanos, precisa comer no mínimo o equivalente a dois bacalhaus por dia;
Perceberam que há uma cadeia alimentar?

Agora imagine, por exemplo, se o camarão for extinto. Qual espécie acima seria o predador natural das diatomáceas (plânctons)? Nenhuma... Sem predador, haveria portanto um desequilíbrio e esta espécie cresceria exponencialmente, ao passo que o arenque morreria de fome ou teria que rever seu cardápio, adaptar-se, o que poderia não ocorrer em tempo hábil e entrar em extinção. Entrando em extinção, o arenque deixa de ser o prato principal do bacalhau, que mudará seus hábitos alimentares e irá atacar alguma outra pequena espécie, concorrendo com um outro provável predador, aumentando o consumo da espécie escolhida, o que poderá levar a existência desta última ao colapso e entrar em extinção levando consigo o bacalhau e os outros predadores naturais que porventura existam. Havendo escassez de bacalhau, o tubarão muda de dieta, etc. e etc.

Esta corrente existe entre todas as formas de vida do planeta. Sempre existiu. A quebra de apenas um elo pode desencadear um efeito colateral devastador, tanto para as espécies silvestres e selvagens, vegetais, animais ou celulares, quanto para o homem.

Algumas sugestões de vídeos e filmes:


O Grande Milagre (Trailer)

Wall-E (Trailer)

A História das Coisas (Vídeo completo dublado)

Ouro Azul - As Guerras Mundiais pela Água (Vídeo completo legendado)

A Era da Estupidez (Vídeo completo dublado - habilitar a legenda)


Flow - Pelo Amor à Água (Vídeo completo legendado)