EFEITO ESTUFA
Para falar sobre o aquecimento global é necessário antes uma pequena introdução sobre o efeito estufa.
O efeito estufa é um fenômeno natural de manutenção da
temperatura do planeta em níveis que permitam a sobrevivência de todos os seres
vivos. Sem ele, a temperatura da Terra seria de 18 ºC negativos.
Dois bons exemplos para entender o efeito estufa sem
precisarmos entrar em detalhes teóricos:
- As estufas para plantas são utilizadas para mantê-las
climatizadas em quaisquer estações do ano. Sua estrutura em vidro permite a entrada
da radiação solar, mas não permite que esta radiação, agora transformada em
calor, retorne ao espaço, proporcionando a temperatura ideal aos vegetais;
- Quando estacionamos um veículo exposto à luz solar com
todos os vidros fechados, permitimos a entrada de radiação mas impedimos sua
saída, em forma de calor, para o ambiente. Não é raro ocorrer a fratura e
quebra dos vidros por conta do aumento da temperatura do ar interno e sua consequente expansão.
Na atmosfera, uma camada de gases é responsável
por um efeito similar a estes exemplos. O metano (CH4), o dióxido de carbono
(CO2), o dióxido de nitrogênio (NO2) e o hidrofluorcarbono (HFC), entre outros,
compõem essa camada e são os chamados “gases de efeito estufa” (GEE).
AQUECIMENTO GLOBAL
À grosso modo, para que este sistema mantenha seu funcionamento normal,
existe o equilíbrio perfeito entre: 1) o balanço de energia incidente e a energia refletida; 2) a absorção de CO2 e liberação de O2 (oxigênio) pelo processo vegetal da
fotossíntese.
Porém, de acordo com modelos criados pelos cientistas do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC, as ações antrópicas
emitindo cada vez mais GEE têm modificado este sistema: O CO2, na queima de
combustíveis fósseis; o CH4 proveniente dos lixões e aterros sanitários; o HFC,
que substituiu o CFC para não agredir a camada de ozônio mas que, segundo os cientistas, potencializa
o efeito estufa, entre outras atividades. Segundo aquele
instituto, estas ações têm provocado a elevação gradativa das temperaturas
do planeta. Este é o famoso AQUECIMENTO GLOBAL.
Porém, outros especialistas são contrários a estas
teorias, alegando basicamente que:
- a temperatura do planeta não estaria aumentando, mas sim
oscilando. Tal oscilação seria perfeitamente normal, uma vez que é cíclica;
- os modelos utilizados nas pesquisas do IPCC são construídos
de forma errônea, manipulando os resultados de forma a corroborar suas teorias;
- vários pesquisadores do mundo todo estariam conduzindo
tais estudos, seja por iniciativa própria, seja por influência política, visando
obter fundos e/ou verbas sob a “bandeira do aquecimento global”, pois o acesso
financeiro é facilitado mas, na verdade, direcionam uma parte destes recursos aos
seus reais propósitos, pesquisas que realmente lhes interessam;
- o interesse real seria desacelerar o crescimento dos
países em desenvolvimento, mantendo-os sob a dependência tecnológica e econômica
dos países desenvolvidos. A oficialização dos Créditos de Carbono na assinatura
do Protocolo de Kyoto, no qual os países do norte compromissaram a redução de
suas emissões de GEE, é um exemplo disto.
CRÉDITOS DE CARBONO
Os créditos de carbono são concedidos às empresas e/ou
países, signatários do acordo, que reduzirem a emissão de GEE. A proporção é de uma
tonelada de CO2 = 1 crédito.
Tais créditos têm valor econômico e podem ser negociados
entre os signatários. Por exemplo:
- A Essencis é uma empresa paulista cuja uma das principais
atividades é o acondicionamento, tratamento e disposição final de resíduos
sólidos domésticos em um aterro sanitário. A decomposição desses rejeitos gera
uma grande quantidade de CH4, o qual é 20 vezes mais nocivo do que o CO2. Por meio
de drenos, a empresa faz a captação do CH4, direciona-o a um flare onde ele é
queimado, transformando-o em CO2, reduzindo assim o impacto ambiental com a
emissão do CH4 no ambiente. Esta redução gera créditos de carbono, os quais são atualmente
negociados (vendidos) a uma empresa alemã que os utilizará para atingir
suas metas de emissão.
Em outras palavras, as empresas com mega recursos
financeiros têm autonomia para produzir e desenvolver-se a si e a seus países
de origem POLUINDO, uma vez que podem “comprar” suas parcelas de redução sem
com isso desacelerar seu crescimento, enquanto empresas de países em
desenvolvimento veem neste comércio uma fonte de recursos financeiros, sem
perceber que ao utilizar-se deste artifício desaceleram suas produções em busca
de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, mais ambientalmente eficientes porém
menos energeticamente eficientes.
Cabe a cada um de nós, caso queiramos adotar uma posição justa e correta, aprofundarmo-nos no assunto, pesquisando com discernimento, lisura e consciência, sem falsas paixões e livres de quaisquer influências.
Alguns links: