segunda-feira, 21 de abril de 2014

Mudanças climáticas: Catástrofe ou Oportunismo?

EFEITO ESTUFA


Para falar sobre o aquecimento global é necessário antes uma pequena introdução sobre o efeito estufa.

O efeito estufa é um fenômeno natural de manutenção da temperatura do planeta em níveis que permitam a sobrevivência de todos os seres vivos. Sem ele, a temperatura da Terra seria de 18 ºC negativos.

Dois bons exemplos para entender o efeito estufa sem precisarmos entrar em detalhes teóricos:

- As estufas para plantas são utilizadas para mantê-las climatizadas em quaisquer estações do ano. Sua estrutura em vidro permite a entrada da radiação solar, mas não permite que esta radiação, agora transformada em calor, retorne ao espaço, proporcionando a temperatura ideal aos vegetais;

- Quando estacionamos um veículo exposto à luz solar com todos os vidros fechados, permitimos a entrada de radiação mas impedimos sua saída, em forma de calor, para o ambiente. Não é raro ocorrer a fratura e quebra dos vidros por conta do aumento da temperatura do ar interno e sua consequente expansão.

Na atmosfera, uma camada de gases é responsável por um efeito similar a estes exemplos. O metano (CH4), o dióxido de carbono (CO2), o dióxido de nitrogênio (NO2) e o hidrofluorcarbono (HFC), entre outros, compõem essa camada e são os chamados “gases de efeito estufa” (GEE).

AQUECIMENTO GLOBAL


À grosso modo, para que este sistema mantenha seu funcionamento normal, existe o equilíbrio perfeito entre: 1) o balanço de energia incidente e a energia refletida; 2) a absorção de CO2 e liberação de O2 (oxigênio) pelo processo vegetal da fotossíntese.
Porém, de acordo com modelos criados pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC, as ações antrópicas emitindo cada vez mais GEE têm modificado este sistema: O CO2, na queima de combustíveis fósseis; o CH4 proveniente dos lixões e aterros sanitários; o HFC, que substituiu o CFC para não agredir a camada de ozônio mas que, segundo os cientistas, potencializa o efeito estufa, entre outras atividades. Segundo aquele instituto, estas ações têm provocado a elevação gradativa das temperaturas do planeta. Este é o famoso AQUECIMENTO GLOBAL.

Porém, outros especialistas são contrários a estas teorias, alegando basicamente que:

- a temperatura do planeta não estaria aumentando, mas sim oscilando. Tal oscilação seria perfeitamente normal, uma vez que é cíclica;

- os modelos utilizados nas pesquisas do IPCC são construídos de forma errônea, manipulando os resultados de forma a corroborar suas teorias;

- vários pesquisadores do mundo todo estariam conduzindo tais estudos, seja por iniciativa própria, seja por influência política, visando obter fundos e/ou verbas sob a “bandeira do aquecimento global”, pois o acesso financeiro é facilitado mas, na verdade, direcionam uma parte destes recursos aos seus reais propósitos, pesquisas que realmente lhes interessam;

- o interesse real seria desacelerar o crescimento dos países em desenvolvimento, mantendo-os sob a dependência tecnológica e econômica dos países desenvolvidos. A oficialização dos Créditos de Carbono na assinatura do Protocolo de Kyoto, no qual os países do norte compromissaram a redução de suas emissões de GEE, é um exemplo disto.

CRÉDITOS DE CARBONO


Os créditos de carbono são concedidos às empresas e/ou países, signatários do acordo, que reduzirem a emissão de GEE. A proporção é de uma tonelada de CO2 = 1 crédito.
Tais créditos têm valor econômico e podem ser negociados entre os signatários. Por exemplo:

- A Essencis é uma empresa paulista cuja uma das principais atividades é o acondicionamento, tratamento e disposição final de resíduos sólidos domésticos em um aterro sanitário. A decomposição desses rejeitos gera uma grande quantidade de CH4, o qual é 20 vezes mais nocivo do que o CO2. Por meio de drenos, a empresa faz a captação do CH4, direciona-o a um flare onde ele é queimado, transformando-o em CO2, reduzindo assim o impacto ambiental com a emissão do CH4 no ambiente. Esta redução gera créditos de carbono, os quais são atualmente negociados (vendidos) a uma empresa alemã que os utilizará para atingir suas metas de emissão.
Em outras palavras, as empresas com mega recursos financeiros têm autonomia para produzir e desenvolver-se a si e a seus países de origem POLUINDO, uma vez que podem “comprar” suas parcelas de redução sem com isso desacelerar seu crescimento, enquanto empresas de países em desenvolvimento veem neste comércio uma fonte de recursos financeiros, sem perceber que ao utilizar-se deste artifício desaceleram suas produções em busca de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, mais ambientalmente eficientes porém menos energeticamente eficientes.

Cabe a cada um de nós, caso queiramos adotar uma posição justa e correta, aprofundarmo-nos no assunto, pesquisando com discernimento, lisura e consciência, sem falsas paixões e livres de quaisquer influências.


Alguns links: